CARGA EMOCIONAL DO PROFISSIONAL DA SAÚDE
Os profissionais de saúde, possuem uma relação direta e prolongada com os pacientes no cotidiano de sua terminalidade, isso pode torná-los vulneráveis ao estresse, podendo prejudicar seu desempenho. Profissionais da saúde, sem preparo psicológico e emocional adequado, ao deparar- se com um paciente fora da possibilidade terapêutica, pode impactar negativamente em sua rotina de trabalho. É primordial e relevante identificar os aspectos subjetivos, a dificuldade individual que o profissional pode apresentar frente a certas situações no ambiente hospitalar.

SOFRIMENTO DO FAMILIAR / CUIDADOR
A terminalidade é um evento que traz sentimentos intensos e dolorosos que podem desencadear em danos maiores em longo prazo. Uma doença ameaçadora à continuidade da vida implica em adaptações e mudanças de papéis, o que acarreta situações de estresse e tensão nos cuidadores, devido a exaustão provocada pelas tarefas envolvidas nos cuidados, pelas perdas consequentes ao tratamento e o temor da morte. Os recursos emocionais e sociais dos familiares podem predizer se verão o cuidado como algo positivo ou negativo, o que afetará a forma como os cuidadores realizam as tarefas.

QUEM FOI CICELY SAUNDERS?
Cicely Saunders nasceu na Inglaterra em 22 de junho de 1918. Graduada enfermeira, assistente social e médica, dedicou sua vida ao alívio do sofrimento humano. Seus artigos e livros ainda hoje servem de inspiração guia para paliativistas no mundo todo. Em 1967, buscando oferecer aos pacientes, dignidade perante a doença e a morte ela fundou o St. Christopher’s Hospice, o primeiro serviço a oferecer cuidado integral ao paciente, desde o controle de sintomas, alívio da dor e do sofrimento psicológico. Atualmente, o St. Christopher’s é reconhecido como um dos principais serviços no mundo em Cuidados Paliativos e Medicina Paliativa.

QUEM FOI ELISABETH KÜBLER-ROSS
Médica psiquiatra suíça, pioneira nos estudos sobre a morte, o morrer, a
tanatologia e os cuidados paliativos, descreveu as experiências de
pacientes terminais, suas angústias e frustrações, na tentativa de
encorajar as pessoas a não se afastarem dos doentes terminais e ajudá-los
em seus últimos momentos.

LIVRO: KUBLER-ROSS, E. Sobre a morte e o morrer. 8ª. ed. São Paulo: Martins Fontes, 1998.

CUIDADO PALIATIVO
Consistem na assistência promovida por uma equipe multidisciplinar, que
objetiva a melhoria da qualidade de vida do paciente e familiares, diante
de uma doença que ameace a vida, por meio de identificação precoce,
avaliação impecável e tratamento de dor e demais sintomas físicos,
sociais, psicológicos e espirituais.

DOR ONCOLÓGICA
Qualquer dor relacionada à experiência de uma doença oncológica, seja causada pelo tumor, diagnóstico ou tratamento, é definida como Dor oncológica. A dor é um sintoma que afeta 80% das pessoas com câncer avançado.
Segundo a IASP (International Association for the Study of Pain), dor é uma “Experiência sensitiva e emocional desagradável associada ou relacionada a lesão real ou potencial dos tecidos. Partindo desse conceito, dispomos de experiências dolorosas físicas, emocionais, sociais, espirituais e psicológicas.
A austeridade da dor não é exatamente proporcional à quantidade de tecido lesado, diversos fatores podem influenciar a percepção deste sintoma como: fadiga, depressão, raiva, medo. O conceito de Dor Total, mostra a importância de todas as dimensões do sofrimento humano na experiência dolorosa, onde os aspectos sensitivos, emocionais e culturais são indissociáveis e devem ser igualmente investigados.

LINGUAGEM DO CORPO
Muitas vezes as pessoas não expressam sua dor na forma verbal, no entanto o corpo transmite sinais de que algo não está bem. Diversas coisas são ditas através da linguagem do corpo. Nosso corpo é antes de tudo um centro de informações para os outros e para nós mesmos. É uma linguagem que não mente, uma dimensão na comunicação pessoal.
Todo ser humano tem que lidar consigo mesmo e com os outros, sendo assim podemos compreender o estado emocional da pessoa observando-a atentamente. Sinais que demonstram desarmonia, como o aumento da respiração, suspiros e tremores podem significar tensão, forte emoção, ansiedade, angústia e/ou dor.
Observar e perceber atitudes do corpo e as expressões dos rostos possibilita analisar o comportamento interpessoal. O ser humano está fisiologicamente apto para distinguir entre harmonia e desarmonia. Harmonia é disposição organizada entre as partes de um todo e desarmonia é a desordem das partes de um todo.
A vida é um movimento contínuo de energia e a linguagem do corpo humano é a
linguagem da vida.
A comunicação não-verbal aprimora e fortalece a interação humana, considerando sentimentos expressos além das palavras permitindo assim, perceber e compreender os significados dos sentimentos do indivíduo.
